domingo, 8 de maio de 2011

O som das trombetas
Eu ouço
O som das cordas afinadas
Tocam uma doce marcha
Tão conhecida, tão sofrida...
E em seu paletó amadeirado
Vai-se indo...
Na sua elegancia e simplicidade
Tão doce quanto o fel...
Tão claro quanto a noite...
Tão suave quando as chibatadas do carrasco...
Tão amoroso quanto a traição...
Tão prazeroso quanto a perda da propria alma...
Mas realmente tão bom...
Para o que foi...
Mas isso para quem ficou...

Meu Eu

Em meu coração
Há uma lapide
"Aqui jaz meu eu"
Então olho para os céus,
E digo:
"Pois assim, morto como estas
Permaneça...Que não voltes
Não se iluda que novamente
Minha vida terás!
Pois agora não mais eu vivo...
Mas Cristo vive em mim!"
Pois onde habita o meu Deus
O pecado não suporta estar!
Então a lapide queima...
Some... Morre...
Na minha memoria não mais esta...
E para de onde saiu, não mais voltará!

MU

Pois te invejo pela vossa ignorância
Ja que ela lhe mantem puro...
Pois sem ela... Serias mal...
Sem ela serias carrasco...
Pois ela te faz ser bom...
Sem saber o mal do mundo...
Pois ele te leva ao fim...
O fim te leva ao MU
Ao longo e sombrio MU
Ao Mu que não tem fim
O tempo passa
E nada mais se apega
Nada mais é guardado no coração
Pessoas suas almas vendem
Por pouco...Por nada...
Pisando uns nos outros
Até somos com animais comparados
Oh, pobres animais...
Talvez não mereçam tamanho insulto
E provavelmente...
Não mereçamos tamanho elogio!